11/04/2023

Por que parece que de repente todo mundo surtou? - Uma reflexão.


    De repente o que nos assusta não é mais um vírus. São as pessoas.
    Isso me faz pensar muito nas séries e filmes - já que assisto muito suspense - e lembrar que não importa quão grande seja o problema (zumbis, monstros, vírus, fungos), sempre existe um problema maior em toda trama - o ser humano.
    Alguns de nós parecem ter seu ego inflado ao causar medo, pânico, se sentem superiores e de certa forma se sentem bem ao agredir, ao machucar.
    Mas mais do que falar que essas pessoas são/estão doentes - o que nitidamente conseguimos ver - ou clamar para que alguém faça alguma coisa, que reforce a segurança, precisamos entender a raiz do problema, para que no futuro esse tipo de problema não volte a existir. Claro que medidas precisam ser tomadas, mas elas já são o remédio, não a prevenção.

    E aí penso em quem são essas pessoas. Crianças, ainda no início da adolescência, ou mesmo adolescentes. Adolescentes que em geral tem uma motivação - não que seja justificável - mas que estão frustrados, raivosos.
     E por que é que eles não conseguem lidar com sua raiva e frustração?
    Por que eles conseguem falar abertamente sobre o que vão fazer em sites e fóruns?

    Voltando mais um pouco, precisamos lembrar que cada um deles um dia - que não faz muito tempo - foi uma criança. Até os 07 anos, o primeiro setênio, é onde está sendo formada toda base emocional do ser humano. É onde está sendo construída sua moral.
    O que os jovens de 12 a 18 anos de hoje tem em comum?
    São jovens nascidos entre 2005 a 2011. A era que já nasceu convivendo com uma tecnologia avançada. Brincávamos que essa geração já nasceria sabendo usar um smartphone, antes mesmo de saber falar.
    São filhos de pais que estão (estamos) cada vez mais imersos em um mundo digital, seja no trabalho ou nos nossos momentos de lazer. E mesmo nos nossos momentos de lazer por vezes estamos trabalhando, porque muitos levam o trabalho para casa ou trabalham em casa, e aí a carga de serviço é muito maior.
    Não sobra tempo pra olho no olho, pra brincar ao ar livre, pra acolher o choro. Quem dirá pra ficar verificando o que o filho menor de idade está fazendo trancado dentro do quarto mexendo no celular ou computador. Por vezes dar uma tela deixa tudo tão mais fácil. É uma solução tão mais rápida.
    E quando sobra tempo, estamos tão cansados, esgotados, impacientes, um tapa por vezes escapa para tentar calar uma birra.

   Poucos pensaram em ver pelo lado da criança, pelos olhos da criança, entender como ajudar.
    "Comigo foi assim e eu sobrevivi".
    A prevalência de depressão e ansiedade no Brasil é de 49% da população. O Brasil é o país mais ansioso do mundo e um dos que mais tem casos de depressão.
    A que custo sobrevivemos?

    Queremos criar sobreviventes ou seres humanos emocionalmente fortes e empáticos?

    Vamos continuar procurando culpados ou assumir que não estamos bem e tentar ser melhores pra que eles também sejam?

04/06/2022

A Pedagogia Waldorf

    A pedagogia Waldorf foi desenvolvida em 1919 pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner, na Alemanha.

    É uma metodologia que visa o desenvolvimento do indivíduo como um todo, envolvendo desenvolvimento físico, espiritual, intelectual e artístico. Valoriza a experiência do aluno para o aprendizado e por isso todas as aulas incluem práticas. Tem um grande foco em trabalhos artísticos, na imaginação, e não envolve classificação por notas como em escolas tradicionais. O pensamento é trabalhado através de histórias, mitos, lendas nos primeiros anos de vida, com aumento progressivo da complexidade até a adolescência, quando começa a ser mais exigido o pensamento abstrato e crítico.



        Uma das características marcantes da metodologia Waldorf é não exigir um pensamento abstrato e intelectual desde cedo. Entendemos por esta metodologia que a criança deve brincar, e que a escola deve ser um espaço para isso, e ao brincar favorecemos o aprendizado verdadeiro, o aprendizado para a vida. Não é recomendado por essa pedagogia que a criança aprenda a ler antes da primeira série.



    Cada escola Waldorf é livre para criar a sua própria metodologia, não sendo iguais entre si, mas com um mesmo propósito - o de formar adultos livres, independentes, criativos, empáticos, com sensibilidade social e respeito pela natureza, com energia para buscar seus objetivos e cumprir suas metas na vida futura. A pedagogia entende que casa ser humano é único, tendo suas individualidades respeitadas no ensino. Os professores geralmente são os próprios diretores e o mesmo professor acompanha os alunos no decorrer dos anos.



    A abordagem artística estimula o sentir, a imaginação usada nas histórias estimula o pensar, o contato direto e recorrente com a natureza e seus elementos estimula o respeito pelo meio ambiente.

    Os alunos não são avaliados por notas até os últimos anos, quando começam a receber notas para se adaptar às escolas de seguimento, já que muitas cobrem apenas o jardim de infância e algumas até o ensino fundamental. Porém por todo o mundo estão sendo formados alunos também no ensino médio e observou-se que esses alunos se saem tão bem quanto os alunos de escolas tradicionais nas provas de vestibulares, necessitando para quelas de mais ampla concorrência por volta de 1 semestre de curso preparatório.



    Muitos artistas, políticos e pessoas bem sucedidas ao redor do mundo foram alunos de escolas Waldorf. Nos Estados Unidos, alunos dessas escolas tem preferência nas Universidades, por saberem que eles são diferenciados, cultos, com alta capacidade de concentração e aprendizado, além de alta criatividade.


Referências: Sociedade Antroposófica 

01/06/2022

Abordagem Pikleriana

  


 Emmi Pikler foi uma médica pediatra Húngara que após a Segunda Guerra Mundial assumiu a direção de um abrigo, e tentou mudar a forma de cuidado com as crianças na tentativa de evitar transtornos psíquicos que crianças em abrigos costumavam desenvolver em função da baixa qualidade do cuidado. 

    A abordagem Pikleriana visa promover o pleno desenvolvimento infantil, no âmbito físico, psíquico e emocional. Para isso, propõe que cada criança tenha um adulto de referência nos seus cuidados diários, com quem o cuidar seja não apenas uma tarefa, mas uma troca. Os momentos de cuidado devem ser dotados de empatia, de comunicação verbal e não verbal. Ao comunicar sobre cada parte do corpo que será tocada e buscar uma resposta a cada interação, ensinamos sobre partes do corpo, consciência corporal, respeito e favorecemos o desenvolvimento da linguagem.



    Devemos compreender que desde o nascimento a criança já é um ser humano, com suas próprias individualidades. Assim, procuramos por essa abordagem respeitar o seu tempo e o seu espaço e fornecer autonomia para que a criança se desenvolva, sem forçar cada etapa. Entendemos que nem sempre a criança precisa da interferência de um adulto para aprender.




    A partir os 03 meses a crianças devem ficar no berço apenas para dormir e repousar. Enquanto despertas, devem ficar em local com espaço suficiente para deitarem de lado, de bruços, rolarem, ficarem de pé e caminharem. Os brinquedos são peças simples, como pedaços de pano coloridos, brinquedos de madeira, pratos e copos de plástico, tigelas de alumínio, que favorecem a criatividade e estímulo sensorial. Além disso, esses objetos devem ficar ao alcance, e não devem ficar suspensos ou fixos. O educador observa, mas não interfere. A criança deve ter autonomia para escolher com o que e como brincar.



    Durante o dia, devem ficar na sala ou ao ar livre e as sonecas devem também ser feitas ao ar livre. Deve ter uma rotina diária, porém não rígida e imposta. Deve-se respeitar a autonomia e individualidade de cada um, respeitando-se apenas a sequência. As roupas utilizadas durante o dia devem ser confortáveis e favoráveis aos movimentos. A alimentação nunca deve ser imposta. Não deve-se forçar uma colherada a mais quando a criança já não demonstra mais interesse pelo alimento.

    
“Como é diferente a imagem do mundo que uma criança recebe quando mãos silenciosas, pacientes, cuidadosas e ainda seguras e resolutas cuidam dela; e como diferente o mundo parece ser quando estas mãos são impacientes, rudes, apressadas, inquietas e nervosas.” 

- Emmi Pikler

29/05/2022

Filosofia Montessori

    Maria Montessori foi uma médica italiana que viveu entre 1870 e 1952. Ela foi psiquiatra e se inconformou com a forma como as crianças eram tratadas dentro dos hospitais psiquiátricos na época. Ela decidiu implantar no hospital um método próprio de ensino e observou que com ele as crianças estavam aprendendo muito e mais rápido que o esperado.

    Assim, decidiu aplicar o método em uma escola convencional, para crianças analfabetas cujos pais tinham jornadas de trabalho de até 18 horas por dia. Ela observou que essas crianças não só se desenvolviam muito bem, mas também mais rápido que o comum para idade e em comparação com as escolas tradicionais. Além disso, elas se tornavam mais gentis, generosas, educadas, concentradas, independentes e disciplinadas.

    Maria Montessori viajou o mundo todo aprendendo e ensinando sobre pedagogia e fortalecendo seu método. Hoje, mais de 120 anos depois do início de tudo, temos diversos estudos científicos comprovando cada vez mais que ela estava certa e que seu método é o mais eficaz de ensino.

    No método Montessori, a escola se adapta à criança para favorecer o seu desenvolvimento. As mesas e cadeiras são mais baixas, as escolas deixam de se tornar locais de castigo para ter uma relação respeitosa entre professores e alunos, o trabalho sensorial é mais valorizado, com brinquedos que estimulem esse desenvolvimento e a movimentação na primeira infância é importante, então todo o ambiente é feito para que a criança consiga se movimentar livremente.




    Neste método, a criança não é moldada pelo adulto. Ela é a protagonista na formação do adulto, o que é feito dando autonomia e independência para ela. Temos planos de desenvolvimento divididos de acordo com a faixa etária.

    O primeiro plano de desenvolvimento vai dos zero aos 06 anos, e tem o objetivo de fazer a criança conhecer o mundo e desenvolver sua autonomia para fazer as coisas sozinha. Montessori acreditava que nunca devemos interromper uma criança que está tentando fazer algo sozinha, não importa o quanto ela demore para conseguir.



    Se a criança tiver liberdade para se desenvolver, se desenvolverá com mais facilidade, de forma leve e natural, e com resultados muito melhores do que se os períodos de autonomia forem ignorados ou suprimidos.

    O segundo plano de desenvolvimento vai dos 6 aos 12 anos, e uma vez tendo sua independência física conquistada, a criança inicia seu desenvolvimento intelectual. Ela tem curiosidade por explorar outros universos, outros países, outros temas. Ela deve ter liberdade de responder suas próprias perguntas, investigar. Aqui ela começa a aprender sobre o que é ou não justo e vai aumentando seu desenvolvimento social, o senso de trabalho em equipe.



    O terceiro plano de desenvolvimento vai dos 12 aos 18 anos. Aqui a convivência social com outros adolescente é o mais importante para a formação, começam a não querer ajuda dos adultos e entendem mais profundamente como o mundo funciona. O adolescente tem necessidade de pertencer e se identificar com um grupo. Ele precisa servir a algo. Precisa trabalhar e ser remunerado, mas o trabalho nessa fase tem uma função pedagógica, de ensinar e dar uma certa liberdade financeira para que se sinta um pouco mais independente. Se não for possível remuneração financeira, pode ser feito trabalho voluntário com troca por bens.

    O quarto plano de desenvolvimento vai dos 18 aos 24 anos, e aqui o, agora adulto, quer compreender o seu lugar no mundo. Aqui, vai além da profissão, mas o que ele proporciona para o mundo através de sua presença e seu trabalho.

    Qual é afinal o objetivo da pedagogia montessoriana?

    É dar liberdade para que a criança aprenda sozinha, aprenda por modelo, seja autora de sua própria história, tenha liberdade para agir e buscar as respostas. Ela aprende não só a ser independente, mas aprende educação, respeito, empatia, trabalho em equipe.


Fonte: Lar Montessori


21/05/2022

O filho mais velho

 Então já não era mais só eu...

O colinho onde eu amava adormecer agora tinha prioridade, porque meu irmão tinha que mamar e eu já era grandinho.

A família chegava em casa e eu já não era mais o centro das atenções. Eu tinha novidades também, mas o que eu falava não era mais importante. "Olha que lindo, o bebê sorriu pra mim", "Ah meu Deus, ele está tão esperto, já quer levar os brinquedos na boca", "Ele está dando os primeiros passinhos".

Mamãe me disse que eu era importante também. Mas que a gente tinha que cuidar do bebê porque ele é muito pequenininho.

(...)

Hoje foi o meu primeiro dia na escola. Eu não queria ficar lá sozinho. Mamãe está em casa com o meu irmão. Minha professora é legal, até fiz alguns amigos, mas queria ficar com minha mãe.

Mamãe veio me buscar. Eu estava com tanta saudade que queria ficar feliz, mas não consigo parar de chorar. Estou aliviado porque ela está aqui.

Mamãe diz que tenho que parar de chorar, eu já sou grande, tenho que ser maduro, mas eu só tenho 4 anos. Ela diz que estou fazendo birra. Eu só queria que ela me pegasse no colo.

Os adultos da família dizem que minha mãe está me mimando, que assim eu não vou aprender. Eles falam pra ela me bater. Eu não sei porque eles querem que ela me machuque. Será que não me amam?

(...)

Hoje é dia de ver minha avó. Eu estou animado para falar pra ela tudo que aprendi na escolinha mas ela não quer ouvir. Estou tentando mostrar, mas ela mandou eu ficar quieto e assistir televisão. Ela quer ver o dentinho novo que brotou na boca do maninho. Será que não sou interessante? Eu não quero assistir desenho. Tem uma árvore grande lá fora e tem folhas de todas as cores no chão, eu quero explorar. Vi muitas pedrinhas diferentes, eu poderia fazer uma coleção. Ouvi a vovó falar para a mamãe me levar ao médico porque devo ter algum problema que não me deixa parar quieto. Eu não quero ir ao médico, eu quero brincar.


Essa história é baseada em fatos reais e em diversos atendimentos que já tive. Por vezes o nascimento do irmão mais novo pode ser um trauma para o irmão mais velho - não que seja algo ruim - mas trauma no sentido de perder a vez, perder o posto de filho único e de centro das atenções, mesmo que por vezes os pais façam todo o possível para que o filho mais velho se sinta parte do processo.

O que podemos fazer para amenizar isso?

Precisa ser uma ação de toda a família a inclusão do filho mais velho. Lembrar que toda idade tem seus medos, descobertas e aprendizados, que precisam ser valorizados. Valorizar as queixas de todos os filhos, olhar nos olhos quando eles precisam se comunicar, ouvir o que eles querem nos dizer e falar com cuidado o que eles precisam compreender.

Entender que o filho mais velho não deixou de ser criança. Que ele pode ajudar em algumas coisas mas não deve ser sobrecarregado com responsabilidades.

Por fim, amor nunca é de mais! Eles precisam entender que são amados independente do que mais esteja acontecendo ao redor.


Vamos interagir??

Se você for irmão mais velho, me conta como se sentiu quando o mais novo chegou.

Se você for mãe ou pai de 2 ou mais, me conta como foi o processo de adaptação do filho mais velho com a chegada do mais novo.

26/03/2022

Sobre minhas redes sociais e canais de comunicação!

Olá! Tudo bem com vocês?

Hoje eu quero falar um pouquinho sobre o uso dos canais de comunicação e esclarecer algumas coisas.




Eu sei que por vezes a vida é muito corrida, nosso tempo muito curto, e arranjar tempo pra levar a criança para uma consulta que "nem é tão urgente assim" fica difícil. Mas infelizmente tem coisas que não da pra resolver por mensagem!

Primeiro, deixa eu explicar como eu trabalho:

Deixo com vocês durante as consultas o meu cartão com meus dados, principalmente porque pra mim é mais fácil eu te explicar por exemplo como é feita uma lavagem nasal se você ver um vídeo que explica, ou é mais fácil eu te deixar orientado sobre febre com um vídeo que explica com riqueza de detalhes como é o manejo dessa febre - foram quase 12 minutos no YouTube, imagina tentar explicar tudo isso em pronto socorro ou consultas de plano de saúde? Infelizmente não temos esse tempo disponível, no pronto socorro o tempo total de uma consulta não deve ultrapassar 10 minutos e no consultório pelo plano de saúde não deveria ultrapassar 20 minutos - temos metas a serem batidas. Mas como são orientações pertinentes, deixo disponíveis para que vocês possam acessar com facilidade.

No meio da correria em pronto socorro ou até nas consultas que tem um tempo mais limitado, por vezes as informações podem ser passadas muito rapidamente, o que pode gerar esquecimento e dúvidas. Então já deixo o WhatsApp como uma forma de suporte.

Porém quando surgem novos problemas, novos sintomas, toda a história desse novo problema ou sintoma deve ser coletada, anotada em prontuário, em alguns casos, avaliado pessoalmente, para daí ter uma conduta. Até porque pelo meus princípios e pelos princípios da integrativa, não vou tratar apenas a lesão. Vou tentar entender o que causou aquela lesão, o que muitas vezes pode nem ser no nível físico! Pode ter sido a nível emocional, pode ter uma causa totalmente fora da região da lesão. E se não tratar pela causa, até pode melhorar, porém fica recorrente, e muitas vezes acabamos repetindo tratamentos que são altamente agressivos ao organismo e baixando cada vez mais a imunidade, além de causar outros problemas por uso de medicação.

Então é importante lembrar que o Instagram e YouTube são principalmente canais de ofertar informações seguras e de qualidade, o WhatsApp é ferramenta para comunicação e orientação de pacientes EM ACOMPANHAMENTO, - não tem como orientar uma criança que vi meses a anos atrás e não sei qual a realidade dela hoje - e o Blog pra mim está sendo uma forma de me comunicar com vocês, além de trazer alguns temas mais longos que talvez não caibam no Instagram eu pretendo deixar por aqui.

O WhatsApp, por ser um canal de esclarecimento de dúvidas, também não deve ser utilizado para situações de EMERGÊNCIA, para esses casos é preciso procurar um pronto socorro. Para casos que não são urgência - pode ser importante, mas não tem por exemplo risco de morte ou de piora importante se aguardar até 24h para responder - serão respondidos assim que possível. Já as dúvidas de rotina recomendo anotar para discutirmos nas consultas de rotina.

Quero conseguir manter o contato com vocês porque sei o quanto isso ajuda, mas para que seja possível todos temos que ter consciência sobre uso saudável dos canais, não é mesmo? Claro que tudo isso não se aplica a todos e que a maioria acaba pagando por uma minoria, mas acho importante explicar para que não tenhamos confusões.

Um beijo! 😘

25/03/2022

Está tudo bem ficar cansada...




Eu sei que te falaram que mãe tem super poder.

Mãe é forte o tempo todo, mãe não pode adoecer, mãe tem que dar conta, mãe da um jeito, mãe se desdobra, fica em casa o dia todo, lava roupa, lava louça, da o peito, faz comida, limpa a casa, tenta não surtar e as vezes ainda houve que não pode ficar cansada porque só fica em casa. Ou as vezes trabalha fora, chega em casa depois de um dia exaustivo, mas ainda prepara a janta, ajuda na tarefa, brinca, da banho, coloca pra dormir, ufa... às vezes um tempo na agenda pra cuidar de si fica impossível.

Mas venho te lembrar que mãe também tem suas fragilidades. Mãe tem medo, mãe tem sono, mãe tem exaustão, mãe também queria chegar em casa e poder ficar de perna pra cima porque o dia foi exaustivo. 

Mãe merece e PRECISA ter um tempinho pra cuidar de si. Pra ter saúde, parar para respirar, se exercitar, ter um hobby, ou mesmo só alguém pra conversar. Pra cuidar do outro é preciso antes de tudo estar bem.

Mãe precisa de rede de apoio.
PAI NÃO É REDE DE APOIO. Pai é pai. Pai tem tanta obrigação quanto a mãe. Pai não ajuda, pai faz o que precisa fazer - cuidar, dar banho, levar na escola, ajudar na tarefa, é obrigação de pai tanto quanto de mãe. Pai não AJUDA em casa. Se pai mora na mesma casa ele cuida da casa que também é sua.
Se você é pai, seja um pai ativo e presente.

Rede de apoio são os avós, tios, amigos, padrinhos, que entendem que mamãe não é Mulher Maravilha e que ela também precisa viver. Que ela também precisa de carinho, que ter uma vida social além da maternidade é necessário, que ter uma ajuda deixando uma refeição pronta ou recolhendo os brinquedos pela casa e mais ainda - NÃO JULGANDO - pode tornar o maternar muito mais leve. Mãe feliz e acolhida, bebê feliz e acolhido.

Principais postagens

Por que parece que de repente todo mundo surtou? - Uma reflexão.

    De repente o que nos assusta não é mais um vírus. São as pessoas.     Isso me faz pensar muito nas séries e filmes - já que assisto muit...

Mais lidas